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Boa noite! Tenho um Monza tubarão 91 e estou enfrentando o seguinte problema:

Ando com o carro durante certo tempo ou distância. Enquanto ando em velocidade mais alta, em marchas de velocidade, o carro não apresenta problemas (geralmente). Posso andar a distância que for, que se não pegar trânsito, ou muitos sinais, ou muitas reduções o carro fica de boa (normalmente). No entanto, ao enfrentar estas condições, mesmo que não ande grandes distâncias, o carro tende a dar pequenas engasgadas e começa a perder força até ao ponto de apagar e não pegar de jeito nenhum. A bobina fica super aquecida (só dá pra tirar com pano) e quando coloca outra, fria, o carro pega na hora.

Já fui em alguns eletricistas e nenhum acha o problema. Coloco qualquer bobina (correta) e mesmo nova, apresenta o mesmo defeito. Já foram testados: alternador, bateria, tampa do distribuidor (trocada), cabos de vela em ótimo estado, velas estão boas, aterramentos ok, rotor novo...

Se pegar uma via engarrafada e não sair dela logo, é certo que terei problemas e terei de trocar a bobina no meio do caminho e tenho que dar um jeito de resfriar a retirada, para, se persistir o trânsito pesado ou reduções em excesso, ao trocar, não ficar com o carro parado na rua.

Sinceramente não sei mais o que fazer e por enquanto vou me adaptando a esta realidade, mas já estou cansado.

Se alguém puder me dar uma ajuda...

Desde já agradeço!

Felipe

Vou comentar sobre seu problema em teoria, pois não conheço bem o Monza carburado e seu sistema de ignição, mas essa teoria talvez possa ajudar você ou quem for mexer no seu carro:

A bobina de ignição nada mais é do que um transformador de voltagem.
Ela recebe os 12/14 volts do sistema elétrico do carro e transforma em 25/40 mil volts para a vela.
Em alguns sistemas ela recebe uma voltagem mais alta, como nos carros com ignição capacitiva, mas isso é irrelevante.
Como todo transformador, ela aquece durante seu funcionamento. Ela pode ser resfriada a óleo, asfalto ou ter uma carcaça plástica.
Qdo uma bobina aquece demais, ela pode estar em curto, o que não é o seu caso, pois vc substituiu a bobina e o problema continua;
Ou pode estar sendo energizada de modo inadequado (em um motor com platinado, se vc deixar a chave de ignição ligada com motor parado por muito tempo, ela pode atá derreter, se o platinado estiver fechado naquele momento. Em ignições sem platinado isso não ocorre). Quem poderia causar isso? Os componentes que trabalham junto com ela, que são a bobina indutora e o módulo de ignição.
Durante o funcionamento normal do motor, a bobina é constantemente ligada e desligada (chaveada). Quem faz isso é o módulo de ignição, que recebe comando da bobina indutora.
Sugiro então que vc experimente, se tiver condições, um outro módulo, e se permanecer o problema (módulo não chaveando corretamente depois de quente), substitua a bobina indutora.

Se algum colega aqui do fórum, mais entendido em Monza carburado achar que estou sugerindo alguma besteira, por favor nos esclareça. :smt021

Abs e boa sorte. Informe à gente sobre o andamento da coisa.

é bem simples.

bobina asfaltica so pode trabalhar ate 12V apartir disso ela esquenta e pode ate explodir. certamente tua bobina esta sem o fio resistivo, alguem deve ter feito um jumper pra "melhorar" sem saber disso.

primeiro de tudo pra descartar disso é tu verificar a tensao no pino da bobina. acople um multimetro nos pino 15 e 1 da bobina com o motor em funcionamento, e nos retorne a tensao obtida.

ja tive problema muito semelhante, e foi um sistema de segredo mal instalado, que ocasionou. Na instalação o eletriburro anulou o fio resistivo da bobina e colocou ela direto na centralina do alarme. Dai ela esquentava e o carro apagava.

Como o Rafaelo disse, é quase certo de que seu carro esteja sem o fio resistivo ou com ele anulado.

Rafaelo escreveu:
primeiro de tudo pra descartar disso é tu verificar a tensao no pino da bobina. acople um multimetro nos pino 15 e 1 da bobina com o motor em funcionamento, e nos retorne a tensao obtida.

Pode me dizer qual a tensão ideal que tem que dar ali ?

matheusrsouza escreveu:Pode me dizer qual a tensão ideal que tem que dar ali ?

Matheus, entre 12 a 12,8v esse é o limite de operação da bobina asfáltica. geralmente fica reduzido pra 12,4v (tensão alternador 14,4 - 2.0v da resistência)

os 12V em negrito e vermelho que está escrito na bobina é o "valor" comercial. mas ela pode operar um troco acima.

obs: somente bobinas plasticas podem operar na tensão nominal do carro. ou seja tensão do alternador 14.4v

Durante 32 anos eu andei com meu Chevette L 75/76 com o enrolamento primário da bobina de ignição recebendo 400 volts, ao invés dos 9 volts originais. É que, logo nos primeiros anos de uso do carro, instalei nele um sistema de ignição capacitiva Mark Ten B.
A bobina era a original de fábrica (o manual da ignição mandava manter a mesma bobina, proibia bobinas de alta performance, que existiam na época), construída para funcionar a 9 volts no primário.
No caso do meu Chevette, a duração dessa alimentação era muitíssimo menor do que o original do carro (esse era o pulo do gato). Só na partida, se a voltagem da bateria caísse muito, o sistema aumentava a duração da alimentação. Originalmente essa duração é determinada pelo tempo em que o platinado permanece fechado. Na ignição capacitiva que eu instalei, quem determina esse tempo é a própria ignição, o platinado passa a ser um simples disparador. Dei centenas de partidas com bateria arriada, no tranco. Mesmo assim a bobina durou esses anos todos, e ainda deve estar lá no lugar. O carro agora é chapa preta.
Tanto isso é verdade que, em carros com platinado, que possuem ballast resistor, cuja função é baixar a voltagem para mais ou menos 9 volts, se deixarmos a chave de ignição ligada com motor parado, e dermos o azar do platinado estar fechado, a bobina vai queimar.

Nota: Esse ballast resistor só existe por um motivo: facilitar a partida do motor.
Como na partida do motor a voltagem do sistema cai muito, uma bobina que funcionasse com 12/14 volts não seria capaz de fornecer uma alta tensão adequada nas velas. Criou-se então uma bobina que produzisse essa alta voltagem com uma voltagem de entrada menor. Mas aí, na partida, a voltagem cairia ainda mais. Fez-se então o seguinte: durante o funcionamento normal do motor, qdo o alternador fornece em torno dos 13/14 volts, o ballast resistor está lá no circuito, baixando a voltagem. Durante a partida do motor, uma alimentação que não passa pelo ballast é ativada, não deixando a voltagem na bobina cair. Desconheço se nos nossos carros o fio resistivo funciona da mesma maneira. Lembro que quando comprei meu Chevette, zero Km, estranhei aquele fiozinho branco esquentando no chicote sob o painel, e fui na concessionária relatar o problema. Eu achava que havia um curto circuito, pois só conhecia resistores de bobina, não conhecia fios resistivos. :smt021 O eletricista me deu uma tremenda aula sobre o assunto. :smt023

Abs

Boa tarde galera! Desculpe a demora no retorno, mas não costumo conectar muito.

Já troquei o módulo também. Tinha esquecido de falar isso.

Meu fio resistor também consta no lugar certo, mas como citado, meu carro tem um segredo "corta ignição" que, particularmente, não verifiquei retirá-lo do sistema ou ver se ele anulou o fio resistor. Irei fazer isso em breve. Tinha um alarme quando comprei o carro, mas nunca tinha dado problema. Se não me engano, foi depois que coloquei o segredo que comecei a ter problema mesmo. Vou experimentar tirar esse segredo do carro e e andar com ele sem, para ver se dar o problema.

A voltagem está correta nas medições com voltímetro.

assim que tiver o resultado do teste, aviso por aqui. Muito obrigado! Forte abraço!

FelipeRJBR escreveu:Se não me engano, foi depois que coloquei o segredo que comecei a ter problema mesmo. Vou experimentar tirar esse segredo do carro e e andar com ele sem, para ver se dar o problema.

nem preciso dizer mais nada! rs