EFI 2.0 Alcool 92 - demora na aceleração

[Luiz Carlos (Rio)]

cdsouzabj

Não vimos nessa sua lista a verificação do sincronismo de válvulas e ponto do distribuidor. É a primeira providência a fazer em casos como o seu.
Se você não fez isso, procure fazer, pois é uma coisa que, estando errada, degrada muito o desempenho do motor.
O sincronismo é feito alinhando duas marcas, uma na polia do eixo de comando de válvulas e outra na polia dentada do virabrequim. Se não foi vistoriado isso, pode ser a causa.
O ponto de ignição é feito com uma lâmpada estroboscópica, tomando o cuidado de inserir um clip de papel nos pinos A e B da tomada de diagnósticos, que fica na frente do banco do passageiro da frente. Isso é para que o sistema de injeção não interfira no ponto e possa-se assim determinar um ponto de ignição inicial, básico.
Sem isso verificado, qualquer outra providência não tem razão de ser.
Você diz que trocou a válvula injetora (vulgarmente chamada de bico injetor). Ela é aplicável a motor à etanol? A válvula para motor a gasolina tem uma vazão menor, não compatível com motor a álcool. Se for azul, é válvula para gasolina. A correta para seu motor é branca.
Ah, faltou eu perguntar se você fez o ajuste do potenciômetro de CO. Esse potenciômetro regula a quantidade de combustível que o sistema de injeção vai mandar para o motor. E essa regulagem só vale se efetuada usando-se para isso um analisador de gases de escapamento. A tal regulagem de 2 volts, muito falada aqui, é um mito. Meu potenciômetro está com 3,5 volts e o meu motor funciona como um relógio. Aqui no Rio de Janeiro faziam, até o ano passado, análise de gases, na vistoria anual do DETRAN, e na última meu Monza passou com nota alta, ou seja, a mistura está perfeita para o ano do carro.

analise de gases monza prata 2018.jpg

Espero que você consiga chegar a um diagnóstico correto.

Abs

[cdsouzabj]

O mecânico finalmente me entregou o carro, o desempenho melhorou, mas agora para andar dentro da cidade ficou uma porcaria, 2 e 3 marchas em baixa aceleração o motor começa a engasgar e falhar, enfim, morar no interior é complicado, os mecanicos não tem interesse em aprimorar conhecimentos e utilizar as ferramentas adequadas, vou levar o carro para outra cidade e acompanhar junto o que pode estar acontecendo, pelo que li aqui no fórum parece que tem tudo para ser pressão da linha de combustível, a saga continua!!!

[Ipanema]

Boa tarde aos colegas do fórum. Tenho um Monza 650, 92/93, injeção EFI a álcool e o carro é uma verdadeira relíquia, pois ficou guardado por 20 anos. Depois da aquisição, foi feita uma revisão básica, óleos, filtros, correias e tensores, velas, cabos de velas, porém, o carro sempre foi lerdo para desenvolver retomada de aceleração, um motor 2.0 precisa dar segurança para ultrapassagens em rodovias, coisa que esse Monza não dá, ele demora responder a aceleração, porém, depois de adquirida a velocidade ele mantém constante, na cidade não há falhas, porém, ele não tem uma aceleração de resposta rápida, gostaria da opinião dos senhores, se já passaram por algo parecido, pois é meu primeiro Monza e espero ficar com ele por muitos anos, mas essa lerdeza para andar, parece que estou andando num carrinho 1.0.

Grato aos participantes!

Olha, tenho um Kadett 1.8 EFI a álcool, também é a minha primeira experiência com um Chevrolet dessa época.

O meu carro também ficou muito tempo parado, só tem 45 mil km. Quando comprei, ele também apresentava essa demora na resposta, até criei um
tópico sobre isso aqui no fórum. Quando se pisava no acelerador ele chegava a desacelerar na hora e depois ia ganhando rendimento até que disparava pra frente.

Fui trocando peças, medi a pressão da bomba nova (tudo certo em 2 bar). Até que troquei o bico e ai as coisas mudaram muito, o carro ficou quase 100%, mas ainda se pisar no acelerador com tudo ele ainda dá uma hesitada antes de começar a render, mas nada parecido com antes. O que falta mexer ainda é o regulador de pressão do tbi, mas como havia medido a pressão da linha e estava ok, deixei isso pra quando eu fosse retirar o tbi pra fazer uma limpeza, ainda mais pq é o regulador original e não tem como mudar a regulagem.

Eu acho que pode ter algo relacionado com o tanque de combustível também, talvez um pré filtro sujo ou algo do tipo. Noto que quando eu faço uma curva mais rápida, se estiver um pouco abaixo de meio tanque, ao sair da curva se eu acelerar forte o carro não sai do lugar, tenho que esperar alguns segundos até a linha "encher de novo" e ai fica tudo normal.

Sugiro vc verificar a parte de combustível ( pressão, vazão, estanqueidade ). Talvez até colocar um produto no tanque que faça limpeza nas linhas.

Verifique também se o seu coletor de admissão está esquentando bem (ele tem uma resistência elétrica pra isso). Coletor gelado não vai deixar o carro render mesmo.

Mas o mais importante com carros que ficam bastante tempo parados: Ande com ele, não faça viagens curtas tipo ir na esquina e voltar. Tente pegar uma estrada e de umas esticadas de vez em quando.

Leo, Tenho uma Ipanema 92, porém a gasolina, mas com um sintoma muito parecido ao que contaste.

Os vazios na aceleração aconteciam quando se pisava no fundo de uma só vez. O carro perdia velocidade e começava a dar estouros no escape.

Então depois de 2000 rpm, parecia que era ligado o "nitro" e ela disparava, mas conforme a rotação aumentava... Mais estouros... A lenta e o consumo sempre foram ótimos, até demais, digo, pois a Ipanema fazia 9.5 km/l na cidade( meu ex Kadett 1.8 fazia 8 km/l no máximo), claro que andando normalmente.

A situação piorou. O carro perdia força para dar arrancada, dava trancos, hora estabilizava... Hora não, ao acelerar com motor em carga, sempre vibrava muito.

Todos os sensores e atuadores já tinham sido trocados, sempre por marca DELPHI, exceto o bico, que por ser impossível de achar novo de marca boa, nunca me animei de colocar esses chineses. Comprei um manômetro para verificar a pressão e estava OK 2 bar, ponto OK...

Percebia que as velas foram sempre muito limpas, quase nada de carbonização. Então pensei: se estão tão limpas talvez não deve estar injetando muito combustível.

Assim que decidi por descargo de consciência por um bico EURO novo.
Resultado: Acabaram todos os problemas, o carro está com mais força, não engasga nem dá estouros. Vou para o primeiro tanque depois do bico novo, mas já vi que está gastando mais, 7 - 7.5km/l num cálculo parcial.

Ainda estou testando, mas já vi que as velas estão agora com uma carbonização mais normal.

Me falta testar a estanqueidade da bomba(DELPHI). O CO está em 2,49V. Comprei agora um coletor completo usado com tbi, egr, bico, tudo original para ter como reserva e testar o outro bico.

Eu mesmo faço as manutenções, pois já cansei de mandar arrumar em quem sabe menos que eu.

Pelos comentários que vejo aqui, São Paulo tem muito mais oficinas, profissionais e equipamentos comparado ao resto do Brasil.

Aqui em Porto Alegre uma oficina que tenha analisador de gases é raridade... Uma me cobrou 200 Reais apenas para medir, sem regular nada... Aí desisti.

Depois dos testes, postarei novamente os resultados.

abs

[LeoStrop]

Ipanema

Bem semelhante mesmo, a diferença é que o meu não dava estouros nem engasgadas, só a falta de aceleração mesmo como se tivesse um atraso na injeção de combustível e o motor "afogava" de ar. Também não aceitei pagar uma fortuna por um bico original, mas dei sorte com um bico paralelo DAP que vende na Accioly (R$ 260). O carro ficou outro, mas sinto que ainda pode melhorar, mas pra isso vou ter que trocar o regulador de pressão e dar uma geral na tbi. Mas preciso do equipamento pra medir a pressão de combustível, pois como você, também evito ao máximo deixar o carro em oficinas.

Já faz mais de 1 ano que troquei o bico e não tenho mais problema nenhum, só bater a chave e rodar. O consumo está estável na casa dos 9,5 na estrada.

[cdsouzabj]

Boa tarde a todos que tiveram paciência em participar desse meu problema aqui relatado no post, enfim descobrimos o problema, o 2º cilindro estava queimando irregular, havia suspeita de água vazando para ele, removemos o cabeçote e identificamos a junta do cabeçote havia deteriorado, acredito que pelo carro ter ficado mais de 15 anos guardado, foi feito limpeza química do cabeçote, assentamento de válvulas, troca das juntas, troca da válvula termostática que tava muito oxidada, melhorou bastante o funcionamento, porém ao realizar o ajuste fino o potenciômetro do CO2 não dava ajuste, comprei um novo no mercado livre, instalei e deixei em 1.9v, o carro tá andando muito, como um Monza 2.0 deve andar, mas agora estou achando ele meio gastador, fazendo uma média de 7 km/l, acredito que o ponto dele não esteja nos 7 graus conforme recomendado, e por incrível que pareça aqui na minha cidade nenhum mecânico tem uma pistola estroboscópica com ajuste de avanço, quando for em uma cidade com mais recursos vou ver o que dá para fazer!

[Luiz Carlos (Rio)]

Se você ajustou o potenciômetro de CO tentando deixar em 2 volts sem a ajuda de um analisador de gases fez besteira.
Meu potenciômetro marca 3,5 volts no escaner e o carro anda como um Monza de verdade.
E gasta o normal para um 94: 12 Km/l na gasolina, em estrada.
O potenciômetro no sistema existe justamente para isso, ajustar de acordo com os gases não queimados que saem pelo escape.
Se fosse pra manter sempre em 2 volts não precisaria ser um potenciômetro. Colocavam um resistor fixo, muito mais barato.

Abs